Varicocele: o que é, causas, diagnóstico e tratamento
O problema da varicocele é relativamente comum entre homens jovens. Entretanto, muitos ainda não sabem o que é a anomalia e como tratá-la.
Para ajudar a solucionar essas dúvidas trouxemos, no texto de hoje, um conteúdo com tudo que você precisa saber sobre o tema.
O que é varicocele e quais as causas do problema
A varicocele é a dilatação anormal das veias dos testículos, dificultando o retorno de sangue, o que pode levar a disfunções testiculares.
Apesar de não provocar distúrbios de potência sexual, a varicocele pode reduzir a qualidade do sêmen, ocasionando problemas de infertilidade.
Durante a puberdade, as veias se dilatam com mais facilidade e, por isso, os adolescentes são os que têm mais riscos de desenvolver a condição.
Ainda não se sabe o que, especificamente, causa a varicocele, mas se sabe que a condição é de origem anatômica. A anomalia é mais frequente do lado esquerdo, devido a características das veias gonadais.
É muito importante procurar um profissional no primeiro sinal de desconforto, pois, se tratada de forma adequada, a varicocele é considerada de baixíssimo risco.
Sintomas
A varicocele frequentemente não apresenta sintomas, mas pode causar dor e sensação de peso no escroto, especialmente após esforço físico.
Além disso, a varicocele provoca um aumento das veias, que ficam com aparência de varizes.
Diagnóstico
A dilatação das veias costuma ser notada pelo próprio paciente. Ao sentir os primeiros sinais, ele deve procurar um médico urologista.
O diagnóstico da varicocele é clínico, ou seja, feito pelo médico Urologista, através da análise do histórico do paciente e do exame físico.
O exame físico é feito com o paciente em pé, posição onde os inchaços e as dilatações ficam mais evidentes.
Como métodos complementares, podem ser feitas ultrassonografias ou ecografias dos testículos, com doppler.
Possíveis complicações
A varicocele, em boa parte dos casos, não apresenta complicações. Porém, se não avaliada e tratada de forma adequada, pode trazer sérias consequências.
Uma delas é o não crescimento ou a atrofia do testículo afetado. As válvulas defeituosas fazem com que o sangue fique acumulado nas veias, aumentando a temperatura no testículo, o que prejudica o seu funcionamento.
Mas a sequela mais comum relacionada a casos de varicocele não tratados corretamente é a infertilidade.
A varicocele é a principal causa de infertilidade masculina, seja ela a infertilidade primária ou secundária.
Na infertilidade primária, o homem, depois de pelo menos um ano de tentativas, não consegue gerar um filho.
Enquanto isso, na infertilidade secundária, o homem teve um filho, mas não é capaz de engravidar a parceira novamente.
A infertilidade decorrente da varicocele acontece porque as veias dilatadas aquecem os testículos, reduzindo a produção de esperma diminuindo sua qualidade.
Tratamento
Nos casos em que não há infertilidade, o tratamento clínico, com medicamentos ou suspensórios escrotais, pode ajudar no desconforto. Porém, nos casos de prejuízo para o testículo, bem como de infertilidade, os tratamentos envolvem a realização de cirurgia. Com a intervenção, as veias afetadas são seladas e o fluxo sanguíneo retorna ao habitual.
Como consequência, espera-se um aumento da produção e da qualidade dos espermatozoides, corrigindo o problema da infertilidade.
As duas técnicas mais comuns de cirurgia de varicocele são a varicocelectomia microscópica e a varicocelectomia laparoscópica.
O meio microscópico, como o próprio nome sugere, é realizado usando um microscópio. Sob efeito de anestesia geral, o médico faz um pequeno corte na região inguinal (acima da virilha) e liga todas as pequenas veias, através de um nó. O uso do microscópio é necessário para melhorar os resultados cirúrgicos.
A outra possibilidade, de cirurgia laparoscópica, é realizada através de cirurgia abdominal, com pequenos cortes, através dos quais o cirurgião realiza a ligadura da veia gonadal comprometida.
Não existe, ainda, comprovação científica de nenhum método que ajuda a prevenir a varicocele. Portanto, a melhor forma de tratar o problema é o acompanhamento frequente e a realização de tratamento cirúrgico nos casos indicados.
Procure um médico urologista ao sentir os primeiros sinais. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, maiores são as chances de o tratamento ser totalmente efetivo.